Um filme elegante: Desejo e Reparação – Joe Wright (2007): Com um final surpreendente e uma ótima direção (destaque para o incrível plano-sequência na praia), Desejo e Reparação foi uma ótima surpresa para mim, e seu visual é indiscutivelmente elegante.
Um filme honesto: Boyhood – Richard Linklater (2014): Sem sacrificar
o humanismo e a sensibilidade em troca de uma trama de filme mais
“convencional”, Boyhood é um retrato tão claro de uma infância e juventude que
chega a ser quase documental.
Um filme inesquecível: Tantos... mas se tivesse que escolher
um: Seven: Os Sete Pecados Capitais – Davis Fincher (1995): Seu clímax me
proporcionou uma das experiências mais intensas que eu já experimentei vendo um
filme, além de ter uma história redondinha e uma das melhores atuações de Kevin
Spacey.
Um filme grandioso: 2001: Uma Odisseia no Espaço – Stanley
Kubrick (1968): Mesmo sem levar em consideração a época em que ele foi feito, a
ambição e a grandeza deste filme são indiscutíveis.
Um filme sensível: O Filho da Noiva – Juan José Campanella (2001):
O cinema argentino tem sua principal força na sensibilidade, e este filme o
representa de maneira perfeita.
Um filme inteligente: A Rede Social – David Fincher (2010): David
Fincher é um dos melhores diretores para retratar desafios racionais e decisões
inteligentes, e A Rede Social é tão brilhante como seu protagonista.
Um filme surreal: O Homem Duplicado – Denis Villeneuve (2014): Esse
é um daqueles filmes que você nunca tem certeza se o que está vendo é real ou
não, além de manter um constante clima de suspense que torna o filme uma
experiência inesquecível. Um dos melhores filmes do ano passado (lembrando que
a lista dos melhores filmes de 2014 pode ser lida aqui).
Um filme gelado: A Menina que Roubava Livros – Brian
Percival (2014): Na verdade, eu não gostei nem um pouco deste filme, porém ele se
encaixa perfeitamente do adjetivo. Além de ser um filme passado quase todo na
neve, em nenhum momento consegue estabelecer qualquer vínculo entre os
personagens e o espectador, tornando a história, que tinha muito potencial
(aproveitado no livro de Markus Zusak), uma experiência fria e decepcionante.
Um filme esquecível: Walt nos Bastidores de Mary Poppins –
John Lee Hancock (2013): É um filme que até diverte enquanto dura, mas não traz
absolutamente nada de novo, e passados alguns meses, fica completamente apagado
da memória.
Um filme maldoso: O Nevoeiro – Frank Darabont (2007): Um retrato do
lado mais podre da natureza humana, além de ter o final mais cruel que eu já
vi.
Um filme intenso: Voo United 93 – Paul Greengrass (2006): Esse é um
daqueles filmes que você termina ofegante. Paul Greengrass faz com que você se
sinta no meio do caos do 11 de Setembro como nunca vi outro diretor fazer.
Um filme delicado: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças
– Michel Gondry (2004): Esse filme é delicado tanto em sua forma quanto em seu
conteúdo: além de ser muito tocante, possui um dos melhores roteiros que eu já
vi (extremamente original e demonstra um imenso cuidado em cada um de seus
detalhes).
Um filme minimalista: Cidade dos Sonhos – David Lynch (2001): Cada
detalhe desse filme (movimentos, nomes, falas...) está interligado, e só depois
de assisti-lo pelo menos duas vezes é que você percebe sua magnitude e seu
cuidado. (Está entre os melhores filmes que eu conheci em 2014, e a lista
completa dos 100 melhores pode ser vista aqui).
Um filme nostálgico: Harry Potter e a Pedra Filosofal –
Chris Columbus (2001): Os filmes da série Harry Potter são, provavelmente, os que eu
mais revi na minha vida, e seu primeiro título ainda está entre os meus
preferidos, mesmo que hoje eu ache a direção de Chris Columbus mecânica e sem
personalidade.
Um filme perturbador: Irreversível – Gaspar Noé (2002): Gaspar Noé
consegue manter um constante clima de tensão e desconforto quase insuportáveis,
além de contar a história de trás para frente, o que deixa tudo ainda mais
estranho, mas não menos genial. (Também entrou para a lista dos 100 melhores do
ano que pode ser lida aqui).
Um filme feliz: Pequena Miss Sunshine – Jonathan Dayton e
Valerie Faris (2006): Esse é de longe o meu filme “feel good” preferido. É
extremamente divertido e, mesmo que aparentemente seja descompromissado, traz belas
mensagens sem soar clichê.
Um filme sujo: O Abutre – Dan Gilroy (2014): Esse filme é
sensacional, além de ter como protagonista um homem frio e repulsivo, faz uma
forte e, infelizmente, atual crítica a uma indústria de “jornalismo” que é
ainda mais do que suja. (Um dos 10 melhores lançados no ano, a lista pode ser
conferida aqui).
Um filme inspirador: Um Sonho de Liberdade – Frank Darabont (1994):
Com uma trama relativamente simples, porém extremamente tocante, Um Sonho de
Liberdade é mais do que inspirador, é um dos melhores filmes americanos já
feitos.
Um filme assustador: Alien, o Oitavo Passageiro – Ridley
Scott (1979): nunca fui muito fã de filmes de terror, mas sou fascinado com o clima de
tensão aterrorizante desse filme, que é depois de 2001: Uma Odisseia no Espaço,
a ficção cientifica mais importante do cinema.
Um filme escandaloso: Boogie Nights – Paul Thomas Anderson (1997):
Paul Thomas Anderson possui um dos sensos de humor mais peculiares do cinema, e
Boogie Nights é originalíssimo e possui uma direção fascinante, além de ser bem
escandaloso.
Um filme hilário: Anjos da Lei – Chris Miller e Phil Lord (2012):
Esse foi um dos poucos filmes que me fez gargalhar. Além disso, ainda possui excelentes
brincadeiras visuais de direção e consegue brincar constantemente com seus
clichês, não se levando a sério em momento algum.
Um filme cansativo: Speed Racer – Lana e Andy Wachowski (2008): Eu
ainda acho que esse filme possui algumas qualidades que passam despercebidas,
mas de modo geral, é bem desinteressante e muito cansativo.
Um filme mentiroso: A Garota – Julian Jarrold (2009): Um filme que
tenta ser levado a sério ao mesmo tempo em que tenta te fazer acreditar que
Alfred Hitchcock era um psicopata maníaco sexual. Não apenas é mentiroso, como
é ofensivo tanto ao espectador quanto, principalmente, à Hitchcock.
Um filme calculista: 12 Homens e 1 Sentença – Sidney Lumet (1957):
Um filme inteligente baseado apenas em argumentações, e que consegue, mesmo se
passando em um só cenário, ser extremamente envolvente. Uma aula de roteiro.
João Vitor, 1 de Janeiro de 2015.
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