Kubo e as Cordas Mágicas é um filme que encanta por equilibrar uma
história simples com um universo original e cativante, além de trazer ótimos
personagens e uma atmosfera mágica e sombria.
O roteiro escrito por Marc Haimes
e Chris Butler acompanha o personagem título em sua jornada para recuperar três
itens que o permitirá derrotar um temido espírito maligno, para isso ele
contará com a ajuda de uma sábia Macaca e de um habilidoso guerreiro Besouro.
A primeira coisa que chama a
atenção no filme é seu primor técnico em sua animação em stop motion, que traz
detalhes sutis como complexos movimentos de cabelo, e convence muito no design
dos personagens: a Macaca traz graça com sua seriedade enquanto o Besouro
convence com um guerreiro competente sem perder a aparência divertida, já as
irmãs que desempenham o papel de vilãs durante boa parte do filme são
assustadoras e ameaçadoras com seus olhos pequenos e movimentação
fantasmagórica.
Trazendo um interessante e
divertido senso de humor, que surge mais pela dinâmica entre os personagens do
que por piadas avulsas, o roteiro tem uma estrutura simples (juntar três itens,
derrotar o vilão, e amadurecer no processo), mas vale pela mitologia criada,
que equilibra elementos ocidentais com orientais, e por seus ótimos
personagens, que conseguem divertir e comover ao mesmo tempo.
Além disso, o roteiro também traz
interessantes questões sobre como nossas memórias têm a função de nos definir, e
não teme em apostar em momentos dramaticamente fortes e assustadores, ainda que
isso o afaste um pouco de parte do público infantil.
Conseguindo encantar tanto por
sua estética quanto por sua mitologia, Kubo
e as Cordas Mágicas é uma ótima animação que comove por seus personagens e
diverte por sua atmosfera mágica. Não é o melhor filme do ano, mas é um dos
mais redondinhos.
Muito Bom! |
João Vitor, 25 de Dezembro de
2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário