quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

TAG: Filmes e seus Adjetivos

Essa TAG foi criada pelo Tiago Belotti, do canal "Meus 2 Centavos"(https://www.youtube.com/user/tiagobelotti), e consiste em pegar uma lista de adjetivos e citar o primeiro filme que cada um deles te lembrar, servindo também como uma lista de indicações.

 Um filme elegante: Desejo e Reparação – Joe Wright (2007): Com um final surpreendente e uma ótima direção (destaque para o incrível plano-sequência na praia), Desejo e Reparação foi uma ótima surpresa para mim, e seu visual é indiscutivelmente elegante.

Um filme honesto: Boyhood – Richard Linklater (2014): Sem sacrificar o humanismo e a sensibilidade em troca de uma trama de filme mais “convencional”, Boyhood é um retrato tão claro de uma infância e juventude que chega a ser quase documental.


Um filme inesquecível: Tantos... mas se tivesse que escolher um: Seven: Os Sete Pecados Capitais – Davis Fincher (1995): Seu clímax me proporcionou uma das experiências mais intensas que eu já experimentei vendo um filme, além de ter uma história redondinha e uma das melhores atuações de Kevin Spacey.


Um filme grandioso: 2001: Uma Odisseia no Espaço – Stanley Kubrick (1968): Mesmo sem levar em consideração a época em que ele foi feito, a ambição e a grandeza deste filme são indiscutíveis.


Um filme sensível: O Filho da Noiva – Juan José Campanella (2001): O cinema argentino tem sua principal força na sensibilidade, e este filme o representa de maneira perfeita.


Um filme inteligente: A Rede Social – David Fincher (2010): David Fincher é um dos melhores diretores para retratar desafios racionais e decisões inteligentes, e A Rede Social é tão brilhante como seu protagonista.


Um filme surreal: O Homem Duplicado – Denis Villeneuve (2014): Esse é um daqueles filmes que você nunca tem certeza se o que está vendo é real ou não, além de manter um constante clima de suspense que torna o filme uma experiência inesquecível. Um dos melhores filmes do ano passado (lembrando que a lista dos melhores filmes de 2014 pode ser lida aqui).


Um filme gelado: A Menina que Roubava Livros – Brian Percival (2014): Na verdade, eu não gostei nem um pouco deste filme, porém ele se encaixa perfeitamente do adjetivo. Além de ser um filme passado quase todo na neve, em nenhum momento consegue estabelecer qualquer vínculo entre os personagens e o espectador, tornando a história, que tinha muito potencial (aproveitado no livro de Markus Zusak), uma experiência fria e decepcionante.


Um filme esquecível: Walt nos Bastidores de Mary Poppins – John Lee Hancock (2013): É um filme que até diverte enquanto dura, mas não traz absolutamente nada de novo, e passados alguns meses, fica completamente apagado da memória.


Um filme maldoso: O Nevoeiro – Frank Darabont (2007): Um retrato do lado mais podre da natureza humana, além de ter o final mais cruel que eu já vi.


Um filme intenso: Voo United 93 – Paul Greengrass (2006): Esse é um daqueles filmes que você termina ofegante. Paul Greengrass faz com que você se sinta no meio do caos do 11 de Setembro como nunca vi outro diretor fazer.


Um filme delicado: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças – Michel Gondry (2004): Esse filme é delicado tanto em sua forma quanto em seu conteúdo: além de ser muito tocante, possui um dos melhores roteiros que eu já vi (extremamente original e demonstra um imenso cuidado em cada um de seus detalhes).


Um filme minimalista: Cidade dos Sonhos – David Lynch (2001): Cada detalhe desse filme (movimentos, nomes, falas...) está interligado, e só depois de assisti-lo pelo menos duas vezes é que você percebe sua magnitude e seu cuidado. (Está entre os melhores filmes que eu conheci em 2014, e a lista completa dos 100 melhores pode ser vista aqui).


Um filme nostálgico: Harry Potter e a Pedra Filosofal – Chris Columbus (2001): Os filmes da série Harry Potter são, provavelmente, os que eu mais revi na minha vida, e seu primeiro título ainda está entre os meus preferidos, mesmo que hoje eu ache a direção de Chris Columbus mecânica e sem personalidade.


Um filme perturbador: Irreversível – Gaspar Noé (2002): Gaspar Noé consegue manter um constante clima de tensão e desconforto quase insuportáveis, além de contar a história de trás para frente, o que deixa tudo ainda mais estranho, mas não menos genial. (Também entrou para a lista dos 100 melhores do ano que pode ser lida aqui).


Um filme feliz: Pequena Miss Sunshine – Jonathan Dayton e Valerie Faris (2006): Esse é de longe o meu filme “feel good” preferido. É extremamente divertido e, mesmo que aparentemente seja descompromissado, traz belas mensagens sem soar clichê.


Um filme sujo: O Abutre – Dan Gilroy (2014): Esse filme é sensacional, além de ter como protagonista um homem frio e repulsivo, faz uma forte e, infelizmente, atual crítica a uma indústria de “jornalismo” que é ainda mais do que suja. (Um dos 10 melhores lançados no ano, a lista pode ser conferida aqui).


Um filme inspirador: Um Sonho de Liberdade – Frank Darabont (1994): Com uma trama relativamente simples, porém extremamente tocante, Um Sonho de Liberdade é mais do que inspirador, é um dos melhores filmes americanos já feitos.


Um filme assustador: Alien, o Oitavo Passageiro – Ridley Scott (1979): nunca fui muito fã de filmes de terror, mas sou fascinado com o clima de tensão aterrorizante desse filme, que é depois de 2001: Uma Odisseia no Espaço, a ficção cientifica mais importante do cinema.


Um filme escandaloso: Boogie Nights – Paul Thomas Anderson (1997): Paul Thomas Anderson possui um dos sensos de humor mais peculiares do cinema, e Boogie Nights é originalíssimo e possui uma direção fascinante, além de ser bem escandaloso.


Um filme hilário: Anjos da Lei – Chris Miller e Phil Lord (2012): Esse foi um dos poucos filmes que me fez gargalhar. Além disso, ainda possui excelentes brincadeiras visuais de direção e consegue brincar constantemente com seus clichês, não se levando a sério em momento algum.


Um filme cansativo: Speed Racer – Lana e Andy Wachowski (2008): Eu ainda acho que esse filme possui algumas qualidades que passam despercebidas, mas de modo geral, é bem desinteressante e muito cansativo.


Um filme mentiroso: A Garota – Julian Jarrold (2009): Um filme que tenta ser levado a sério ao mesmo tempo em que tenta te fazer acreditar que Alfred Hitchcock era um psicopata maníaco sexual. Não apenas é mentiroso, como é ofensivo tanto ao espectador quanto, principalmente, à Hitchcock.


Um filme calculista: 12 Homens e 1 Sentença – Sidney Lumet (1957): Um filme inteligente baseado apenas em argumentações, e que consegue, mesmo se passando em um só cenário, ser extremamente envolvente. Uma aula de roteiro.


João Vitor, 1 de Janeiro de 2015.

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