domingo, 23 de outubro de 2016

Crítica: Alice Através do Espelho, de James Bobin

Alice Através do Espelho é, assim como seu antecessor (Alice No País Das Maravilhas, 2010), um filme nada mais do que mediano, mas que mesmo com sérios problemas de roteiro consegue divertir por algumas boas ideias e um visual inventivo.


Ambientado alguns anos após os eventos do filme anterior, o roteiro segue a protagonista Alice (Mia Wasikowska) em sua volta ao País das Maravilhas e sua jornada para tentar resgatar os pais do Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), o que envolve viagens no tempo através da “cronoesfera” roubada do Tempo (personificado por Sacha Baron Cohen).

Adotando mais uma vez uma estrutura episódica que impede um ritmo narrativo envolvente, o filme ainda encontra um sério problema ao não conseguir estabelecer o sentimento humano de seus personagens, principalmente ao resumir o drama vivido pelo Chapeleiro em basicamente uma cena artificial – e levando em consideração que é a sua dor que leva a protagonista a embarcar em toda sua aventura, isso acaba sendo um problema ainda mais sério do que normalmente já seria.

Além disso, a caracterização exagerada do personagem (mais ainda do que no filme anterior), somada a atuação no automático de Johnny Depp (que surge em cena sempre com os olhos arregalados e expressões exageradas desprovidas de qualquer sutileza) transformam o personagem que deveria ser o centro dramático da narrativa em apenas uma figura visualmente peculiar.

Mas não há como negar que a melhor coisa do filme é realmente sua estética. Mais uma vez apostando em cenários grandiosos e coloridos, o designe de produção e a fotografia são muito eficientes não apenas em criar um visual curioso, mas também em fazer a distinção entre os diferentes locais onde a história se passa. O “mundo real” é cheio de luzes de velas, enquanto no País das Maravilhas tudo é bem iluminado e recheado de cores vivas e vibrantes. Já o castelo que abriga o Tempo é todo preto, azul, cheio de sombras e misterioso, enquanto os domínios da Rainha de Copas são todos cheios de vermelho.

Aliás, é interessante notar como a casa do Chapeleiro tem, mais do que apropriadamente, o formato de um chapéu, enquanto a casa (ou castelo?) da Rainha de Copas tem o formato de um coração. Igualmente interessante é a maneira como o filme representa visualmente elementos quase abstratos, como a cronoesfera (uma esfera utilizada para viajar no tempo) e os pequenos soldadinhos chamados Segundos, que quando se unem formam combatentes mais poderosos chamados Minutos. Também é interessante notar que o local onde o Tempo para um relógio com o nome de uma pessoa para simbolizar sua morte seja um ambiente cheio de nuvens, o que até dá um curioso e discreto subtexto religioso ao filme.

Uma pena que a trilha sonora de Danny Elfman deixe tanto a desejar, sendo completamente onipresente o filme todo, e mudando de ambiência diversas vezes no meio de diálogos como se temesse que o espectador não fosse entender o que está sendo dito.

Em relação ao elenco, o maior destaque é a jovem e talentosa Mia Wasikowska, que protagoniza o filme com segurança e muito carisma. Já Helena Bonham Carter não traz nada de novo a sua Rainha de Copas, enquanto Anne Hathaway abusa dos maneirismos de fada com sua Rainha Branca. E Sacha Baron Cohen mostra que nada que ele faça em um filme chegará aos pés do que ele fazia com seus personagens (Borat, Brüno e Ali G) ao atuar com pessoas reais que não sabiam que ele na verdade estava interpretando. Mas mesmo assim, não há como negar que o ator se diverte imensamente, e mesmo com um sotaque forçado, consegue ser o centro das melhores piadas do filme (aquela que envolve a expressão “o tempo está voando” é a minha preferida).

Sendo visualmente interessante em vários sentidos, mas deixando bastante a desejar em relação à sua estrutura e seus personagens, Alice Através do Espelho ainda é uma boa diversão que vale o ingresso e mostra que nem todas as continuações se limitam a copiar as ideias temáticas e estéticas de seu antecessor.

O.K.


João Vitor, 6 de Junho de 2016.

Crítica originalmente publicada no site Pipoca Radioativa: http://pipocaradioativa.com.br/

Crítica: A Lenda de Tarzan, de David Yates

A Lenda de Tarzan é uma história desnecessária contada suficientemente bem para gerar uma boa diversão. O filme se passa depois dos acontecimentos já conhecidos dos outros filmes do Tarzan, e começa acompanhando o personagem título (Alexander Skarsgard) e sua esposa Jane (Margot Robbie) em suas vidas de classe alta na Inglaterra, mas que são levados a voltar para a África para investigarem uma suposta exploração de trabalho escravo. O que Tarzan não sabe é que se trata de uma armadilha montada pelo capitão Leon Rom (Christoph Waltz) para entregá-lo para um chefe de tribo que deseja vingança.



 A direção do filme é do britânico David Yates, responsável pelos últimos quatro filmes da saga Harry Potter (todos ótimos), e o que é mais interessante em seu trabalho aqui é justamente como ele inclui suas marcas registradas: muito uso de lente grande angular, slow motion, primeiríssimos planos dos rostos dos atores ou de detalhes do cenário, etc. O que prova que ele teve liberdade na hora de trabalhar, e ainda gera uma dose de nostalgia nos fãs de Harry Potter, o que é muito bem-vindo.

Por outro lado, vale dizer que Yates demonstra não ter a mínima ideia de como utilizar a tecnologia 3D, já que isso o obriga a quebrar a lógica narrativa do filme (como ao incluir no meio das cenas de ação planos em primeira pessoa que parecem saídos de vídeo games), sem contar que o uso constante de cortes rápidos e câmera tremida, somados à fotografia completamente dessaturada, quase invalidam por si só a terceira dimensão.


E se o trabalho de CGI faz um trabalho impressionante ao dar alma aos animais digitais (algo importantíssimo para o desenvolvimento dramático do filme, já que a relação que estes possuem com Tarzan é um dos pilares do roteiro), também peca pelo exagero nas cenas de ação (como na cena que envolve um trem em alta velocidade), ao transformar os atores em bonecos digitais sem vida e indestrutíveis, deixando a tensão artificial e tirando o espectador da imersão do filme.



Já o roteiro se prejudica por perder muito tempo no excesso de politicagens da trama, o que deixa o ritmo um pouco arrastado em alguns momentos e ainda tira o foco do que deveria ser o centro da história (o próprio Tarzan), além disso, o desfecho da trama política é o mais óbvio e conveniente possível. Por outro lado, o conflito entre Tarzan e o chefe de tribo que quer sua cabeça, mesmo formulaico, move bem o filme, ainda que – mais uma vez – tenha um desfecho bastante conveniente.

Em relação ao elenco, Alexander Skarsgard, mesmo a princípio não sendo uma boa escolha para o papel de Tarzan, se sai surpreendentemente bem, convencendo pela imponência física, mas também sendo capaz de demostrar fragilidade humana, o que o torna carismático e de fácil identificação para o espectador. Já Margot Robbie, como Jane, conquista pela doçura, além de ser muito expressiva e demonstrar um comprometimento total para o filme, sendo interessante também como o roteiro brinca com o clichê de “donzela em perigo” – ainda que não o evite totalmente.


Christoph Waltz, por sua vez, não traz muita coisa nova em seu vilão, afinal, já á a milésima vez que o ator interpreta esse estereótipo, mas ele o faz tão bem que isso quase não importa, além disso, o ator se diverte imensamente ao mesmo tempo em que convence como uma ameaça.


O mesmo acontece com Samuel Jackson, que mesmo se repetindo, se sai muito bem como alívio cômico do filme, ainda que se prejudique um pouco pela completa falta de timing do roteiro em alguns momentos (a cena que envolve uma piada com os testículos de um gorila é particularmente embaraçosa).

Se beneficiando de um bom elenco e um diretor interessante marcado por uma série ótima, A Lenda de Tarzan é uma história bobinha que não precisava existir, mas que é contada bem o suficiente para não parecer perda de tempo e ainda conseguir ser bem divertida.

O.K.

João Vitor, 1º de Agosto de 2016.

Crítica originalmente publicada no site Pipoca Radioativa: http://pipocaradioativa.com.br/

Crítica: A Quinta Onda, de J. Blakeson

“A Quinta Onda” é um filme que você começa pensando que pode ser bom, e termina sabendo que não pode ficar pior. Pode parecer exagero, mas este novo trabalho do diretor J. Blakeson não acerta em nada.


 Desde os primeiros minutos o longa já deixa claro que não vai ser original (aliens que invadem a Terra para roubar recursos naturais, protagonista adolescente que é apaixonada por um garoto popular...), mas isso não necessariamente significa que ele seria ruim. “Corrente do Mal” e “Jurassic World”, ambos do ano passado, são dois exemplos de filmes clichês, mas extremamente eficientes.

O problema é que “A Quinta Onda” é tão preguiçoso que nem se esforça em brincar com seus clichês e nem sequer percebe o potencial da premissa que tem em mãos (até mesmo a questão de como o ser humano é pior que os aliens é resumida em – não estou exagerando – uma linha de diálogo).


Mesmo com o plot completamente batido ainda seria possível o filme criar pelo menos algumas sequências interessantes, mas mais uma vez, ele é estúpido demais até para pensar nisso, já que inclui até mesmo o clichê de um personagem correndo com a mão esticada atrás de um carro que leva uma pessoa querida.

Como se não bastasse, o roteiro ainda apela para a velha tática preguiçosa e expositiva de trazer a protagonista escrevendo um diário para passar as informações que o espectador precisa saber, e ainda faz questão de incluir um triângulo amoroso completamente gratuito para tentar aumentar seu apelo para o público jovem (vida os recentes sucessos de séries como “Crepúsculo” e “Jogos Vorazes”).

A direção de J. Blakeson também não ajuda, sendo incapaz de criar tensão (tendo que apelar para sustos fáceis para tentar se validar como “suspense”) e demonstrando um total desconhecimento de como dirigir as sequências de ação, já que além de abusar da câmera tremida, ele ainda mantém o quadro constantemente fechado nos rostos dos atores, o que não dá ao espectador a dimensão grandiosa do que está acontecendo.

A parte técnica também não se salva. A trilha é repetitiva na ação e melodramática nas cenas que deveriam ser intimistas, e o trabalho de mixagem de som é pavoroso, fazendo com que a música e os diálogos sejam completamente inaudíveis durante as sequências de ação.

Em relação ao elenco, é preciso dizer que Chloë Grace Moretz protagoniza o filme com segurança, ainda que obviamente seja muito prejudicada pelo péssimo roteiro. Já Liev Schreiber (ator que já elogiei imensamente em meu texto sobre Spotlight) nada pode fazer com seu personagem, que o extremo da caricatura do militar durão (e as cenas que o trazem fazendo discurso são particularmente embaraçosas).


E se o filme parece que vai ficar interessante por um breve momento, ao incluir uma reviravolta que poderia dar uma camada de profundidade à trama (em relação à mecanização do militarismo), é só para um minuto depois deixar esse potencial completamente de lado e voltar a apostar em seus velhos clichês.

Enfim, mesmo com todos seus clichês, é necessário reconhecer que o filme tem uma coisa única: ele tenta ser um drama familiar, um romance adolescente, um filme catástrofe, um suspense alienígena... e consegue ser ruim em todos.


Ruim.

João Vitor, 23 de Janeiro de 2016.

Crítica originalmente publicada no site Pipoca Radioativa: http://pipocaradioativa.com.br/

Crítica: A Bruxa, de Robert Eggers

“A Bruxa” é um ótimo filme, mas que com certeza vai desagradar todos que vão ao cinema em busca de um filme terror convencional e genérico apenas para sentir medo e tomar sustos.

Ambientado na Nova Inglaterra, em 1630, o filme acompanha uma família (pai, mãe e cinco filhos) que, após serem expulsos de sua comunidade devido à seu fundamentalismo religioso, se mudam para um lugar isolado à beira da floresta. E após seu filho recém-nascido desaparecer misteriosamente, surge a suspeita de que existe uma bruxa por perto.



Mas ao contrário do que pode parecer pela premissa, o filme se mostra muito mais interessado em criar uma clima de desconforto e inquietação do que em cenas de terror mais gráficas e sustos fáceis.
E é justamente ao focar em seus personagens que o filme encontra sua força. Apostando em uma narrativa lenta, com uma fotografia completamente desprovida de saturação, e uma ausência quase completa de trilha instrumental, o diretor estreante em longas Robert Eggers demostra um incrível controle sobre seu universo. Sem nunca apelar para um jogo de câmera mais estilizado ou sequências de ação grandiosas, o diretor mantém o espectador interessado através de minimalismos e sutilezas (reparem como os olhares dos personagens acabam dizendo muito mais do que os diálogos em si), deixando as sequências tensas surgirem de maneira natural (como aquela que se passa à noite em um estábulo, no terceiro ato da projeção).

As excelentes atuações também se mostram de fundamental importância para o funcionamento do filme. Kate Dickie convence como uma mulher que tem qualquer resquício de felicidade arrancada após a perda do filho, enquanto Ralph Ineson usa sua rigidez com os costumes cristãos como uma tentativa de esconder sua dor (e a cena que o traz falando para seu filho mais velho que “os lobos ou a fome já o levaram” representa um dos momentos mais memoráveis da narrativa).

Já Anya Taylor-Joy é possivelmente a maior surpresa do elenco. Protagonizando o filme com segurança, a jovem atriz passa com muita sutileza não só o sentimento de culpa de sua personagem (afinal, o bebê estava em seus cuidados quando desapareceu) como também sua inquietação diante dos rígidos hábitos religiosos de sua família (e não é à toa que uma de suas primeira cenas a traga se confessando pelo pecado de “quebrar os mandamentos em pensamento”).



Não que o filme seja perfeito, pois não é. Como muitas outras obras que dependem muito do suspense (até o recente “Ex Machina” serve de exemplo), a narrativa perde um pouco de sua força ao finalmente revelar suas cartas e deixar o espectador entender tudo o que está acontecendo. É claro que isso de certa forma é um mal necessário, e também é preciso admitir que o desfecho da trama é bem redondinho, mas não tem como negar que o suspense era muito mais eficiente.

Sem basear seu terror em sons altos inesperados ou monstros assustadores criados por computação gráfica, “A Bruxa” é um filme que pode desagradar quem quer um filme para perder o sono ou pular na cadeira, mas vai agradar muito qualquer um que esteja à procura de um filme diferenciado, que se preocupa muito mais com sua atmosfera e seus personagens do que qualquer outra coisa. E qualquer filme que se mostre interessado em criar algo realmente original merece atenção.


Muito Bom!
João Vitor, 4 de Março de 2016.

Crítica originalmente publicada no site Pipoca Radioativa: http://pipocaradioativa.com.br/

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Crítica: Inferno, de Ron Howard

Não é por acaso que os livros de Dan Brown são um sucesso. Com tramas interessantes e diversas curiosidades históricas, as obras ainda se beneficiam por terem uma linguagem acessível e capítulos curtos (que constantemente terminam em uma pequena reviravolta), proporcionando assim uma experiência divertida e cativante para qualquer leitor.


Mas também não é a toa que as adaptações cinematográficas de sua obra fiquem bem abaixo do esperado, já que necessitam de muitos diálogos expositivos e trazem problemas estruturais óbvios.

E este novo Inferno se mostra o pior título de sua franquia, pois além dos problemas já presentes nos filmes anteriores, agora até mesmo a trama com potencial e as belas locações não conseguem disfarçar a fragilidade temática e estrutural de um filme que simplesmente não justifica sua existência.



Mais uma vez acompanhando o professor Robert Langdon (Tom Hanks), o filme começa em Florença com o personagem hospitalizado por conta de um atentado a bala. Logo ele descobre que um bilionário que recentemente cometeu suicídio estava planejando soltar uma peste para aniquilar parte da população humana e resolver o problema da superpopulação. Mais uma vez, o professor irá encarar enigmas e quebra-cabeças e contará com a ajuda de uma bela e inteligente moça (Felicity Jones).

A estrutura do roteiro (escrito por David Koepp) incomoda não só pela similaridade com os capítulos anteriores, mas também – principalmente – por se render ao velho e artificial clichê de trazer um protagonista com amnésia que vai convenientemente se lembrando de fatos importantes conforme as necessidades da trama. Isso sem contar que ter cenas de alucinações a cada minuto durante a primeira meia hora de projeção é algo completamente aborrecido.

E, além disso, os diálogos expositivos (um problema mais fácil de contornar no livro, onde você pode ter um narrador onipresente explicando algo sem parecer muito artificial) são tantos que o roteiro se vê na obrigação de trazer a personagem de Felicity Jones dizendo que “perguntas são importantes, pois vão te ajudar a se recuperar” – em uma tentativa frustrada de justificar um erro imperdoável. E devo confessar que ri em determinado momento onde Tom Hanks, examinando um artefato, exclama “Olha só, há um texto!” – literalmente narrando o que estamos vendo e mostrando que o roteirista realmente não confia nem nos olhos do espectador.

E vale lembrar que aponto esses problemas não por um preciosismo técnico, mas sim porque eles prejudicam a própria relação entre os personagens, que por nunca terem uma conversa minimamente convencional um com o outro, acabam parecendo robôs que só existem para fazer a história ir para frente (reparem como a inteligência acima do comum da personagem de Felicity Jones não desempenha papel algum na trama) – e isso prejudica tematicamente o filme, e também fragiliza sua principal reviravolta – que (sem spoilers) posso dizer que depende essencialmente da humanidade de um certo personagem para realmente convencer.

E justamente por sacrificar seus personagens em prol de uma narrativa cheia de ação e informações, o talentoso elenco fica completamente debilitado – já que, como disse antes, os personagens nada mais são do que instrumentos para a ação continuar. Sendo assim, basta aos atores dizerem suas falas naturalmente que já cumprem seus papéis, uma vez que não podem criar figuras humanas ali. Algo que se torna ainda mais lamentável quando você tem um elenco recheado de talentos como Tom Hanks, Felicity Jones, Omar Sy, Ben Foster e Irrfan Khan.

Já a direção do experiente e – na maioria dos casos – eficiente Ron Howard é mais uma vez “certinha” e sem personalidade. Abusando de câmeras subjetivas, imagens desfocadas para sugerir tontura, cortes rápidos e câmera tremida em cenas de ação, músicas aceleradas, batidas de coração para gerar suspense, tudo aqui é correto do ponto de vista formal, mas nada é tão eficiente quanto poderia. Além disso, ver sequências de ação ininterruptas filmadas no “automático” durante duas horas não é algo muito empolgante, e acaba deixando o filme bem mais cansativo do que o necessário.


Errando ainda por apresentar uma personagem importante apenas em seu terceiro ato, Inferno é um filme tematicamente raso que não explora o potencial de sua premissa, além de ter um roteiro completamente problemático em todos seus aspectos e que mostra que um livro divertido não necessariamente vai dar origem a um bom filme.

Regular


João Vitor, 17 de Outubro de 2016.