sábado, 26 de dezembro de 2015

Lista: Filmes Vistos em Julho

A lista a seguir reúne os filmes que eu vi durante o mês de Julho, com um breve comentário sobre cada um deles, além de uma nota de 1 a 5 para cada um.

Contos de Nova York – Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Woody Allen: Três mestre do Cinema em um filme que realmente não funciona. O conto do Scorsese traz a energia e um ótimo uso de música que são marcas registradas do diretor, e se beneficia por ser o primeiro e pegar o espectador ainda neutro. Já o do Coppola é disparado o mais fraco, desinteressante e cansativo, o que acaba atrapalhando um pouco o do Woody Allen, que na verdade é o melhor dos três, pois traz seu senso de humor característico, tem algo a dizer, além de ser muito engraçado, mas como vem por último, pega o espectador cansado e não funciona tão bem quanto poderia, o que é uma pena. Nota: 3/5 

Eu Vi O Diabo – Kim Jee Woon: Fiquei com uma certa desconfiança do Kim Jee Woon depois que vi "Gosto de Vingança", que é um bom filme, mas tem alguns problemas sérios de tom. Mas aqui ele me convenceu de vez e por completo, ao conduzir o filme de maneira brutal e eletrizante, sem deixar que o espectador desgrude os olhos da tela nem por um segundo. E ainda que a história seja relativamente simples, a maneira como ela é contada é tão fascinante que não importa. Nota: 5/5

Filadélfia – Jonathan Demme: Além do ótimo roteiro e da impressionante atuação de Tom Hanks (sem dúvidas, uma das melhores de sua carreira), a direção de Jonathan Demme dá um show à parte, utilizando de seu conhecimento e talento para criar suspense (como já havia comprovado brilhantemente em "O Silêncio dos Inocentes") para envolver o espectador na trama de tal maneira que é quase impossível não se emocionar. Nota: 4/5 

Dentro da Casa – François Ozon: Filme impressionante e irretocável! Além de extremamente envolvente, traz ainda interessantes exercícios de metalinguagem, criando várias reflexões sobre Cinema (ou ficção de modo geral) vs Realidade. Nota: 5/5

Tom Na Fazenda – Xavier Dolan: Gostei de "Eu Matei Minha Mãe", mas me decepcionei bastante com "Amores Imaginários", onde Xavier Dolan até demonstrava um amadurecimento quanto à estética, mas se perdia ao contar a história. 
Mas até aqui, acho que seu melhor trabalho é mesmo este "Tom na Fazenda". Aqui o diretor consegue ter o controle estético do filme (até o recurso óbvio de ir "espremendo" o quadro conforme a cena vai ficando mais tensa e desconfortável, funciona), e demonstra ter algo dizer e, o mais importante, o diz me uma maneira interessante e eficiente. Nota: 4/5

O Profeta – Jacques Audiard :A direção de Jacques Audiard é excelente, criando uma narrativa envolvente e tensa, mas o roteiro acaba deixando bastante a desejar, pois a partir de uma hora e pouco de duração a trama começa a ficar um pouco repetitiva e até mesmo os complexos personagens começam a ficar desinteressantes. Nota: 3/5

Barton Fink – Delírios de Hollywood – Joel Coen: Sou fã incondicional dos irmãos Coen e adorei este filme. Embora não ache que está entre seus melhores trabalhos, traz uma interessante metalinguagem e um excelente direção, transbordando o estilo que se tornou marca registrada da dupla. Nota: 4/5

Minions – Pierre Coffin e Kyle Balda: Assim como os dois filmes da franquia "Meu Malvado Favorito", este "Minions" até diverte relativamente, e consegue trazer uma ou outra referência interessante, além de ter um ótimo designe de produção, recriando lugares como Nova York de maneira inventiva e competente para a história. Ainda assim, parece que os roteiristas acharam que só isso ia ser suficiente, pois acabam criando uma trama preguiçosa, personagens sem arco dramático, em um roteiro que simplesmente não funciona, o que compromete o filme. Nota: 2/5

A Estrada 47 – Vicente Ferraz: É muito bacana que filmes com este estejam sendo feitos no Brasil. Aumenta ainda mais a já grande diversidade do nosso Cinema. 
Estrada 47 tem uma reconstrução de época impecável e uma direção extremamente consistente, que mantém um constante clima de tensão e desconforto, que pode até desagradar quem está acostumados a filmes mais "convencionais". 
Mas ainda assim o filme tem problemas, e o principal deles é, com certeza, os personagens. Não chegam a serem ruins ou caricatos, mas suas motivações soam mecânicas e impedem um maior envolvimento emocional do espectador, deixando a narrativa um pouco mais fria do que o necessário. Nota: 3/5

Manderlay – Lars von Trier: Sou muito fã de "Dogville", que para mim é um dos grandes filmes feitos na década passada, mas realmente não consegui gostar deste "Manderlay". Apesar das boas atuações (destaque para Bryce Dallas Howard), achei o filme uma bagunça, e de uma falta de faco assustadora, além de soar demagogo e prepotente. Nota: 3/5

O Silêncio dos Inocentes – Jonathan Demme: Está entre os meus 10 ou 15 filmes preferidos de todos os tempos. Perfeito em todos os aspectos, desde as brilhantes atuações até o impecável roteiro, que constrói e desenvolve os personagens com cuidado e maestria. E ainda por cima Jonathan Demme dirige como ninguém, criando inúmeros momentos inesquecíveis, de uma tensão angustiante, fazendo com que o espectador não apenas admire o filme como também se envolva com ele. Nota: 5/5 

O Bando à Parte – Jean-Luc Godard: É um bom filme, mas não achei nada de espetacular. Os personagens são legais, e a trama é redondinha e consegue envolver, mas acho que está bem abaixo de outros trabalhos do Godard como Acossado e Viver a Vida. Nota: 3/5

O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy: Aqui e ali o filme se mostra inspirado (destaque para o piada envolvendo o governo Bush no final), mas no geral parece perdido, sem foco, e extremamente sem graça. Nota: 2/5

Máfia no Divã – Harold Ramis: Gostei do filme. Além da divertida homenagem aos filmes de máfia, o senso de humor e as piadas também funcionam, rendendo boas risadas. Não é uma obra prima, ou algo particularmente inovador, mas vale a pena. Nota: 3/5

A Vida Privada dos Hipopótamos – Maíra Buhler e Matias Mariani: O clima de mistério criado pelo filme funciona muito bem e envolve o espectador, ainda que a história que ele tem para contar acabe soando um pouco decepcionante e não faça jus à expectativa que ela mesma cria. Nota: 3/5

A Arca Russa – Aleksandr Sokurov: Tecnicamente é impecável, e só o trabalho que deve ter dado para dirigir e coreografar o filme todo para ser rodado em um só take já o faz merecer qualquer prêmio. O único problema é que o diretor parece ter pensado que seu brilhantismo técnico seria suficiente e acabou se esquecendo de apostar em um roteiro realmente marcante. É claro que isso não chega a estragar o filme, mas com certeza decepciona, pois deixa a impressão de que poderia ter sido muito melhor do que realmente foi. Nota: 4/5

O Primeiro Dia – Walter Salles e Daniela Thomas: Sou muito fã do Walter Salles, que para mim é um dos diretores mais interessantes não só do Brasil como do mundo todo, e embora este trabalho não seja um de seus melhores, ainda traz um ótimo roteiro, com um trama redonda e excelentes personagens, além, é claro, de uma direção inspirada. Nota: 4/5

Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas – Arthur Penn: Com uma forte influência da Nouvelle Vague, Bonnie e Clyde é um marco no Cinema, além de ser um filme excelente, que envolve em sua ágil narrativa e constrói personagens humanos em uma trama redondinha. Nota: 5/5

O Filho da Noiva – Juan José Campanella: Que filme lindo. Além de sensível e com excelentes personagens, traz ainda um senso de humor certeiro, que dá um toque especial à narrativa, tornando-a ainda mais leve e agradável. Nota: 5/5

Caça aos Gângsteres – Ruben Fleischer: Ruben Fleischer tem estilo de sobra e dirige muito bem, sempre tendo certeza do que quer, como já havia demonstrado em "Zumbilândia". E aqui não é diferente, a direção é o que o filme tem de melhor, criando vários momentos marcantes. Porém, o roteiro beira o pavoroso, com personagens superficiais e clichês, além de uma trama que não consegue envolver e que se leva a sério demais, e isso acaba comprometendo completamente o filme. Nota: 2/5

Ferrugem e Osso – Jacques Audiard: Gostei bastante, acho que é o melhor filme do Jacques Audiard. Lembra bastante seus últimos dois trabalhos ("De Tanto Bater Meu Coração Parou" e "O Profeta"), pois também acompanha um personagens que mesmo cheio de defeitos tem coração, mas aqui ele é ainda mais preciso pois combina ainda uma sensibilidade ímpar, além de evoluir muito esteticamente (destaque para as cenas envolvendo baleias), e trazer em seu terceiro ato uma cena que considero uma das mais difíceis de se assistir que eu já vi em um filme (emocionalmente falando). Nota: 4/5

Inimigos Públicos – Michael Mann: Possui sequências de ação extremamente bem dirigidas e um visual arrebatador. Nota: 4/5

Close Up – Abbas Kiarostami: Traz interessantes comentários sobre a maneira que o Cinema pode interferir na "vida real", mas tem uma narrativa completamente fria, que não consegue criar envolvimento emocional, além de soar arrastada e aborrecida. Nota: 3/5

Instinto Materno – Calin Peter Netzer: Gostei bastante do filme, embora ache que ele pudesse ter sido um pouco melhor. Os dilemas morais e as competentes atuações fazem o espectador se envolver com a história e os personagens, e a direção é muito feliz ao optar por manter a câmera em constante movimento, ao contrário da maioria dos filmes do Novo Cinema Romeno que trazem longos planos sequências com a câmera sempre parada, e reforçar a atmosfera incômoda e o tom de urgência. E como bônus, o filme traz ainda uma interessante e relevante crítica à burocracia e à substituição da moral pelo dinheiro. Nota: 4/5

Caminho Para Guantánamo – Mat Whitecross e Michael Winterbottom: Ótimo filme, não apenas impactante e incômodo como também crítico à política de guerra americana. Nota: 4/5

Se Meu Apartamento Falasse – Billy Wilder: Que filme lindo, consegue fazer o espectador se identificar e compartilhar dos dramas dos personagens, com uma narrativa tocante, muito bem conduzida, conseguindo ainda fazer uma forte crítica ao sistema capitalista americano (como o plano clássico, que traz Jack Lemmon em uma fileira interminável de mesas com empregados trabalhando de forma mecânica, ilustra muito bem). Nota: 5/5

Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera – Kim Ki Duk: Adorei o filme! Eu tava meio que com o pé atrás, pois não havia gostado muito do outro filme que eu havia visto do Kim Ki Duk (Pietá), mas aqui ele fez um trabalho exemplar. A trama é redondinha, e fica melhor a cada vez que você pára para pensar sobre ela (coisa rara), e mesmo a narrativa tendo um tom mais lento e contemplativo, em nenhum momento fica chata. Nota: 4/5

O Homem Que Não Estava Lá – Joel Coen: Não é à toa que os Irmãos Coen estão entre os meus cineastas favoritos. Que filmaço! É impressionante a capacidade deles de se superarem não apenas em cada novo filme, como também no decorrer de um mesmo trabalho. Houvem inúmeros momentos neste "O Homem Que Não Estava Lá" em que eu pensei que eles já tinham atingido o ápice de suas capacidades e não poderiam melhorar, apenas para cinco minutos depois a trama ter dobrado de complexidade e genialidade, e eu ficava rindo comigo mesmo, em um misto de perplexidade e gratidão. Agora só falta um filme para eu terminar sua filmografia, e só me resta torcer para que nos próximos anos a dupla me presentei com outros filmes como este (o que, levando em consideração a qualidade inquestionável de seus últimos trabalhos, irá com certeza acontecer). Nota: 5/5

Mulheres ao Ataque – Nick Cassavetes: Sempre me incomoda quando um filme se vende como um incentivo ao poder feminino e se rende a esteriótipos hollywoodianos tão machistas, como a figura feminina que não consegue viver sem um homem, ou que age de maneira psicótica ao descobrir uma traição. 
Em relação ao elenco, Cameron Diaz demonstra um interessante timing cômico e se sai bem mesmo com pouco material para trabalhar, Leslie Mann também tem seus momentos inspirados, mesmo que interprete uma caricatura, e Kate Upton, que eu torço para que consiga ter uma carreira de sucesso no Cinema, se vê incapacitada diante de uma personagem unidimensional e sem personalidade, o que é uma pena.
Como um todo, o filme ainda consegue divertir relativamente em um ou outro momento pontual, sempre por mérito do elenco, mas demonstra um saldo final extremamente negativo, sem graça e esquecível. Nota: 2/5

Reino Animal – David Michôd: David Michôd já tinha chamado minha atenção em "The Rover", e não foi à toa. 
É interessante notar como desde este seu filme de estreia, ele já demonstra uma total segurança do que estava fazendo, criando um narrativa envolvente, tensa e única. 
Filme memorável. Nota: 4/5

Enquanto Somos Jovens – Noah Baumbach: O filme é simples, mas conquista pelos ótimos personagens e sua narrativa que se preocupa acima de tudo em contar a história (pode parecer óbvio, mas tem muito filme independente que se preocupa primeiro em soar "indie", pois sabe que assim terá fãs automáticos, para depois de preocupar com a trama e os personagens).
É interessante também que atores famosos do grande público tenham topado este trabalho (mesmo o cachê com certeza tendo sido mais baixo do que o normal), pois isso atrai um maior número de pessoas para um tipo de Cinema diferente e que merece ser visto. Nota: 4/5

A Hora Mais Escura – Kathryn Bigelow: Kathryn Bigelow mais uma vez demonstra um total controle da narrativa, criando uma atmosfera envolvente, com momentos de tensão quase insuportáveis, e por mais que o filme pudesse ter uns 20 minutos a menos, seu clímax é tão bem construído e intenso que faz com que o espectador se esqueça de eventuais sequências um pouco mais cansativas. Nota: 4/5

O Grande Ditador – Charlie Chaplin: Não gosto muito de criar expectativa antes de assistir um filme, mas estava à procura de um filme especial para marcar aqui no filmow como o meu assistido Nº 1000, e como havia achado sensacionais TODOS os outros filme que eu havia visto do Chaplin, achei que não tinha erro em escolher este que é sempre citado como um de seus melhores. Por sorte, ou melhor dizendo, pelo incondicional talento de Chaplin, eu não poderia estar mais correto. Filme único e perfeito.
É como dizem: "Os fracos fazem piadas dos oprimidos, enquanto os fortes fazem piada do opressor" Nota: 5/5

Dona Flor e Seus Dois Maridos – Bruno Barreto: Sinceramente, não consigo entender o que tanta gente vê neste filme, ele me pareceu extremamente sem graça e seus personagens longe de serem carismáticos me soaram completamente repulsivos, além de tudo, o filme se baseia do ultrapassado e machista clichê da mulher que só pode ser feliz com um marido, e suas tentativas de fazer piada com isto falham completamente. Nota: 2/5

Polícia, Adjetivo – Corneliu Porumboiu: Não sou muito fã dos outros dois filmes do Corneliu Porumboiu ("Quando a Noite Cai em Bucareste ou Metabolismo" e "A Leste de Bucareste"), mas gostei desse "Polícia, Adjetivo". Tem alguns problemas, como o ritmo desnecessariamente lento, mas consegue fazer um retrato da sociedade romena de uma maneira muito mais interessante que os seus outros trabalhos, e mesmo sendo seu filme mais longo, é também o menos cansativo. Nota: 3/5

South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes – Trey Parker: O senso de humor do filme é extremamente politicamente incorreto, portanto não vai agradar todo mundo, mas eu, particularmente, o achei hilário. Além disso, o roteiro consegue ainda fazer uma forte crítica a várias hipocrisias americanas, como a sede de guerra, o medo de palavrões e o descaso com os sem-tetos, sempre sem perder a piada. Nota: 5/5

Houve Uma Vez Dois Verões – Jorge Furtado: Mais um filmaço do Jorge Furtado, que sem dúvidas é um dos meus diretores favoritos, não só do Brasil, como do mundo inteiro. É impressionante a capacidade dele de criar uma trama que a princípio é bem simples, só para logo depois ir surpreendendo o espectador e deixando o roteiro cada vez mais fascinante e genial. Nota: 4/5

Cidades de Papel – Jake Schreier: Gostei bastante. Não deixa de ter aqui e ali seus clichês mas de modo geral é bem original, trazendo um interessante exercício de gênero e uma performance central extremamente competente do Nat Wolff. Nota: 4/5

Histórias Que Só Existem Quando Lembradas – Julia Murat: Ótimo filme, no início dá a entender que vai ser lento e arrastado, mas se mostra extremamente sólido, com ótimos personagens e um drama tocante que passa longe de soar forçado. Nota: 4/5

Ruby Sparks – A Namorada Perfeita – Jonathan Dayton e Valerie Faris: Lindíssimo! Me conquistou completamente. 
O roteiro é irretocável, e não apenas traz ideias metalinguísticas, como faz ainda um interessante estudo sobre sobre o Amor, e a idealização deste (quando você ama, você ama a pessoa ou a ideia que você cria em torno dela?). Assim, o filme funciona como uma espécia de mistura entre "Dentro da Casa" e "Ela", e o resultado final é perfeito. Nota: 5/5

O Demônio das Onze Horas – Jean-Luc Godard: É um filme bem bacana, principalmente para quem gosta de Cinema, além de bem influente (Bonnie e Clyde vem a mente). Não é o melhor do Godard, mas vale a pena. Nota: 4/5

500 Dias com Ela – Marc Webb: Muito bom. Não só consegue ser sensível, como também é muito criativo, sempre buscando maneiras diferentes de contar a história que, mesmo simples, funciona muito bem. Nota: 4/5

A Casa Monstro – Gil Kenan: Gostava bastante deste filme quando criança, e revendo me surpreendi como ele é bem executado, principalmente pela maneira como transita entre o infantil e o terror. Nota: 4/5

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça – Tim Burton: Entra facilmente entre os melhores do Tim Burton, pois não apenas traz um visual arrebatador, como também uma história muito interessante que prende a atenção até o fim, mesmo pecando um pouco no desenvolvimento de personagens. Nota: 4/5

O Mágico de Oz – Victor Fleming, Mervyn LeRoy e George Cukor: Entendo o impacto deste filme para a época, além disso sua trama permite diversas interpretações metafóricas, mas ainda assim, confesso que não achei lá essas coisas. Pra mim, ele falha ao tentar criar o envolvimento emocional que é fundamental para o funcionamento da narrativa, principalmente no ato final. Nota: 4/5

Conta Comigo – Rob Reiner: Que filmaço! Vai direto para os favoritos. Disparado o melhor filme sobre Amizade que eu já vi. Aqueles minutos finais, aquela narração, mexem comigo de uma maneira inexplicável. Nota: 5/5

Ata-me! – Pedro Almodóvar: Acho que está entre os mais fracos do Almodóvar. Tem um ou outro momento inspirado, mas de modo geral é bem fraquinho e desinteressante. Nota: 3/5

Homem-Formiga – Peyton Reed: Crítica completa aqui.

Pacto de Sangue – Billy Wilder: Não acho que esteja entre os melhores do Billy Wilder, mas é um ótimo filme, principalmente para quem gosta de film-noir, com ótimos personagens e uma trama redondinha. Nota: 4/5

E.T: O Extraterrestre – Steven Spielberg: É difícil escolher qual é o melhor filme do Spielberg. "A Lista de Schindler", "Jurassic Park", "Tubarão", são todos filmes irretocáveis. Mas se eu tivesse que fazer uma lista com os momentos que mais mexeram comigo entre todos os filmes que eu já vi, "E. T." seria o seu único filme que eu teria que incluir duas vezes (exemplos na caixa de spoiler abaixo). O filme é irretocável, e consegue impressionar não apenas pela qualidade técnica como também pela capacidade de envolvimento emocional sem apelar para um melodrama excessivo. Ver no cinema foi uma experiência inesquecível.
Dois dos momentos mais lindos já filmados:
Elliott passando em frente a lua de bicicleta.
Elliott e E. T. dando um abraço de despedida.
- Come
- Stay
Quantos filmes conseguem de destruir com duas palavras? Nota: 5/5

Tempo de Despertar – Penny Marshall: Curti bastante. Muito bonito e sensível, com excelentes atuações e um final marcante. Nota: 4/5

Obsessão – Lee Daniels: O filme tem várias qualidades, dentre elas o uso da música e as atuações, mas seu roteiro deixa muito a desejar, pois se mostra incapaz de encontrar um foco para a narrativa, jogando várias questões sobre racismo, homofobia, e outros temas sérios, mas sem nunca se preocupar em desenvolvê-las e discuti-las com o devido cuidado, fazendo o espectador chegar ao fim da projeção sem saber no que investiu seu tempo. Nota: 3/5

Segredos de Sangue – Chan-wook Park: A prova de que mesmo uma história simples, na mão de um diretor genial, fica fascinante. Nota: 4/5

Quero ser Grande – Penny Marshall: Gostei bastante, é bem divertido e tem uma mensagem motivadora, mas nunca se leva a sério demais. Nota: 4/5

A Noiva Cadáver – Tim Burton: Muito bom. É sempre ótimo quando Tim Burton se preocupa não apenas em criar um visual interessante como também contar uma boa história com bons personagens. Nota: 4/5

Domésticas – O Filme – Fernando Meirelles: O filme faz um interessante estudo sobre as limitadas opções de escolhas de quem nasce pobre, e as atuações também são competentes, mas o excesso de personagens impede um envolvimento maior por parte do espectador, o que atrapalha bastante o resultado final. Nota: 3/5


Como Não Perder Essa Mulher – Joseph Gordon-Levitt: Os dois primeiros atos são ótimos, e extremamente bem dirigidos, sendo até surpreendente que tenha sido feitos por um diretor estreante. Mas já o terceiro ato beira o desastre, tendo um tom extremamente inconsistente, contradizendo tudo o que o filme havia construído até então. Nota: 3/5

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