sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Lista: Filmes Vistos em Junho

A lista a seguir reúne os filmes que eu vi durante o mês de Junho, com um breve comentário sobre cada um deles, além de uma nota de 1 a 5 para cada um.

Jules e Jim – Uma Mulher Para Dois – François Truffaut: Não acho que seja o melhor do Truffault, e levando em consideração que ele havia acabado de fazer Os Incompreendidos e Atirem no Pianista, é impossível não se decepcionar um pouquinho. Ainda assim, é um filme muito bom, com uma narrativa poética e sensível e ótimos personagens. Nota: 4/5

Os Sonhadores – Bernardo Bertolucci: Uma bela homenagem aos anos 60, com ótimos personagens e um bom roteiro. Nota: 4/5

Disque M Para Matar – Alfred Hitchcock: Não é à toa que Hitchcock é quem é. Filme espetacular, que mantém o espectador vidrado do primeiro ao último segundo, e quando a trama parece querer se perder ou ficar repetitiva, é só para logo depois demonstrar que sempre soube o que estava fazendo e terminar com um perfeito final. Nota: 5/5

Um Homem Bom – Vicente Amorim: O filme tem algumas qualidade (destaque para o ótima atuação de Viggo Mortensen), mas soa frio demais e não demonstra o menor interesse em discutir as questões que se propõe. Nota: 3/5

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final – James Cameron: Acho que poderia ser um pouco menor, pois acaba cansando um pouco mais do que deveria, principalmente em seu clímax. Mas ainda assim, o filme utiliza de maneira inteligente e orgânica os efeitos visuais, criando cenas de ação extremamente empolgantes e levantando interessantes questões sobre inteligência artificial. 
James Cameron mostra mais uma vez que é possível fazer um filme com um enorme orçamento, que a cada segundo grita na cara do espectador que o orçamento é alto, e ainda assim é excelente. 
Tem muito a ensinar a muito diretor atual. Nota: 5/5

Metanoia – Miguel Nagle: Filme péssimo, amador no pior sentido da palavra. Não apenas não tem preocupação estética nenhuma, como ainda é extremamente superficial em sua trama, soando arrastado e melodramático, pois sabe que o público alvo são os cristãos, então (na lógica do filme) basta dizer "Deus mudou a minha vida" que já vai ter muita gente aplaudindo. E levando em consideração seu sucesso no Festival de Cinema Cristão (que morte horrível...), parece que ele estava certo.
Para não dizer que o filme é de todo ruim, Caio Blat tem uma participação pequena, e está muito bem (o que não é novidade), o que atenua o desastre. Nota: 1/5

A Última Noite – Robert Altman: O excesso de personagens e a ausência de uma trama mais "comum" impedem um envolvimento dramático por parte do espectador, o que compromete bastante a experiência, ainda que o senso de humor seja afinado e as atuações impecáveis (destaque como sempre para Meryl Streep). Nota: 3/5

Deixa Ela Entrar – Tomas Alfredson: Gostei muito do filme, que é muito bem dirigido e traz uma narrativa fria e extremamente melancólica e triste, além de inúmeros momentos marcantes (destaque para a cena que se passa em uma piscina, no terceiro ato). Nota: 4/5

Cloverfield – Monstro – Matt Reeves: O filme tem uma ótima construção de tensão, e a opção de mostrar o monstro ao poucos é muito acertada e deixa a narrativa ainda mais envolvente. 
Em relação ao estilo de filmagem (que simulam gravações encontradas), achei que contribui para dar ao espectador uma maior vulnerabilidade e uma melhor noção da grandiosidade do que está acontecendo, ainda que para isso tenhamos que ficar "presos" ao personagens, que são genéricos e deixam bastante a desejar.
Uma outra coisa muito bacana no filme é que em vários momentos ele faz referências aos atentados de 11 de Setembro, o que acaba até criando uma rima temática com os filmes do Godzilla, que foram os primeiros filme de monstros a fazerem sucesso, e que falavam sobre as consequências e o ressentimento japonês em relação às bombas atômicas. Nota: 4/5

Laranja Mecânica – Stanley Kubrick: Sem dúvidas, um grande filme! Não é o meu favorito do Kubrick (2001 e O Iluminado brigam por este posto), mas é impecável. Traz um fascinante universo distópico, visualmente incrível e cheio de questões sociais para serem discutidas. Não acho que o filme estimule a violência ou a justifique, muito pelo contrário, a critica criticando ainda o Estado, que tenta combatê-la com manipulação. O uso da música clássica também é incrível, criando cenas inesquecíveis, e justificando porque o Kubrick foi possivelmente o melhor cineasta de todos os tempos. Nota: 5/5

Onde Começa o Inferno – Howard Hawks: Filme adorável, quase impossível de não gostar. Traz marcantes atuações, e personagens extremamente carismáticos, tudo isso em uma trama envolvente, muito bem dirigida e com uma ótima reconstrução de época. Nota: 5/5

Senhores do Crime – David Cronenberg: O filme é ótimo e consegue passar muito bem a frieza e a sujeira do sub-mundo do crime. As atuações também são ótimas, e o filme faz ainda uma interessante conexão com um dos trabalhos anteriores do Cronenberg (Marcas da Violência), principalmente pelo personagem do Viggo Mortensen, que é basicamente o avesso do personagem que ele vivia no outro filme. Nota: 4/5

Cão Sem Dono – Beto Brant e Renato Ciasca: Mesmo com algumas falhas, como o excesso de fade out, o saldo do filme é, sem dúvidas, positivo, trazendo excelentes atuações e um roteiro muito competente. Nota: 4/5

Billy Elliot – Stephen Daldry: Que filme! Faz um ótimo uso da música, e traz um drama envolvente e tocante, mesmo que simples. Nota: 4/5

De Menor – Caru Alves de Souza: O filme tem algumas qualidades e boas ideias, mas acaba não desenvolvendo com a devida atenção suas discussões, o que compromete um pouco a experiência. Nota: 3/5

A Visitante Francesa – Hong Sang-soo: O filme é muito fraco, e se acha importante demais para apresentar suas ideias e desenvolvê-las, apostando em uma subjetividade vazia e prepotente. Só se salva um pouco pelas atuações O.K e a bela fotografia, que utiliza com inteligência as locações. Nota: 2/5

Eles Não Usam Black-Tie – Leon Hirszman: Ótimo filme, que além de historicamente relevante, traz ainda complexos dilemas morais, envolvendo o espectador e o fazendo refletir. Nota: 4/5

Kingsman: Serviço Secreto – Matthew Vaughn: Fazia tempo que eu não via um filme tão divertido, e que se divertia tanto junto com o espectador. Matthew Vaughn conduz as cenas de ação com um controle invejável, e o roteiro consegue ser original mesmo que recheado com inúmeras referências.
P.S: A cena do paraquedas e a da igreja entram facilmente entre as melhores dos últimos anos. Nota: 4/5

Mato Sem Cachorro – Pedro Amorim: Tão absurdo e sem graça que é até difícil de acreditar. Mas também, o que esperar de um filme que tem como principal alívio cômico Danilo Gentili? Nota: 2/5

Dúvida – John Patrick Shanley: Crítica completa aqui.

Assassinato em Gosford Park – Robert Altman: Crítica completa aqui.

Amarelo Manga – Claudio Assis: Filme brutal e inesquecível. Nota: 4/5

Deus e o Diabo na Terra do Sol – Glauber Rocha: A primeira metade do filme é exemplar, extremamente bem dirigida, com um consciente comentário social, além de ser esteticamente competente (destaque para o uso das sombras dos personagens pela fotografia). Já a segunda deixa um pouco a desejar, pois se arrasta um pouco mais do que o necessário soando um pouco cansativa, além de deixar a mensagem social um pouco mais confusa. Nota: 4/5

A Última Noite – Spike Lee: Adorei o filme, que é muito bem dirigido e com ótimos personagens. Nota: 4/5

Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo – Karim Ainouz: Mesmo bonito e poético, não consegui me envolver com o filme, que me soou um pouco frio. Nota: 3/5

The Rocky Horror Picture Show – Jim Sharman: As músicas são ótimas, o senso de humor do filme é único, e a direção é ótima, mas ainda assim, o roteiro deixa bastante a desejar por não conseguir discutir o que se propõe, o que é uma pena. Nota: 3/5

O Gosto da Vingança – Kim Jee Woon: A principio, o filme tem alguns problemas de tom, mas lá pela metade o diretor se encontra e conduz a narrativa de uma maneira segura e precisa, criando momentos brutais e inesquecíveis, ainda que a trama não seja particularmente inovadora. Nota: 4/5

A Chinesa – Jean-Luc Godard: Até então, eu havia gostado de todos os filmes que eu havia visto do Godard, mas aqui, pela primeira vez, eu o senti perdido, jogando ideias quase que ao acaso no decorrer do filme, sem conseguir deixar claro qual é sua proposta ou sua posição. Nota: 2/5

Pecados Íntimos – Todd Field: Crítica completa aqui.

Rastros de Ódio – John Ford: Não é a toa que se transformou em um clássico. Trata-se de um filme com uma deslumbrante fotografia e um roteiro impecável, que traz uma trama envolvente e personagens carismático e complexos. Nota: 5/5

O Fim e o Princípio – Eduardo Coutinho: Não é um dos melhores do Coutinho, mas ainda é lindo, sensível, e consegue causar um impressionante envolvimento emocional. Nota: 4/5

O Mestre – Paul Thomas Anderson: Sou muito fã do Paul Thomas Anderson, pois dá para contar nos dedos quantos diretores conseguem fazer 3 obras primas em 10 anos. Mas este filme, eu, particularmente, achei que deixou um pouco a desejar. Ainda é bom, tem uma ótima direção, excelentes atuações e interessantes questões para se pensar, mas a narrativa é desnecessariamente fria, impedindo um maior envolvimento emocional por parte do espectador, o que compromete um pouco a experiência. Nota: 3/5

Amantes – James Gray: Filme excelente! Já havia gostado muito do trabalho do James Gray em Era Uma Vez em Nova York, mas aqui ele fez um trabalho ainda mais único e inesquecível. Os personagens são complexos e o roteiro os desenvolve com o devido cuidado, causando um impressionante envolvimento emocional com o espectador, e a direção sempre segura de James Gray, somado à linda fotografia, cria uma narrativa linda e emocionante, que me fez terminar o filme com os olhos molhados. Nota: 5/5

Vício Inerente – Paul Thomas Anderson: O filme é bem dirigido (destaques para os impressionantes planos-sequências), e as atuações são ótimas. Ainda assim, este é, ao meu ver, de longe o trabalho mais fraco do Paul Thomas Anderson, pois não causa envolvimento nenhum, e faz com que o espectador torça para que o seu final chegue logo. Nota: 3/5

O Vale Sombrio – Andreas Prochaska: Que filmaço! Impecável do primeiro ao último segundo. A fotografia é um espetáculo, e a reconstrução de época também, e a direção de Andreas Prochaska faz um exemplar uso da trilha sonora, criando inúmeros momentos inesquecíveis em uma narrativa única e extremamente envolvente. Nota: 5/5

Jumper – Doug Liman: Tem qualidades, dentre elas as cenas de ação, mas o problema é que o roteiro deixa muito a desejar, com várias pontas soltas e personagens unidimensionais, além de não aproveitar as oportunidades da curiosa premissa. Nota: 3/5

Testemunha de Acusação – Billy Wilder: Filme excelente! Extremamente envolvente e bem dirigido, com personagens marcantes e reviravoltas surpreendentes que nunca soam gratuitas. Nota: 5/5

Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes – Guy Ritchie: Eu já havia adorado "Snatch", mas consegui gostar ainda mais deste "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes". É impressionante como Guy Ritchie consegue desenvolver os inúmeros personagens sem que pareça confuso ou exagerado, além disso, a trama também é cheia de reviravoltas e envolvente, e como bônus o filme tem ainda um uso impecável da música, lembrando bastante o estilo do Tarantino, mas sem nunca parecer uma cópia. Nota: 5/5

Menina Má.com – David Slade: Gostei muito do filme, que além do bom roteiro e das ótimas atuações, consegue manter um constante clima de desconforto e tensão, criando uma narrativa competente e marcante. Nota: 4/5

Ponto Final – Match Point – Woody Allen: Não tenho palavras para descrever o quão bom é este filme. Woody Allen é meu diretor favorito, e sua carreira é recheada de pelo menos 10 filmes impecáveis, mas este é o melhor. Tudo é irretocável, e assistindo pela terceira vez digo isso sem medo de soar exagerado. É incrível ver como já no fim da carreira, depois de já ter se estabelecido como um dos mais importantes e influentes nomes do cinema americano, Woody Allen ainda achou tempo para fazer a sua tão cobiçada obra prima. Nota: 5/5

Matar ou Morrer – Fred Zinnemann: Gostei muito do filme, que além dos ótimos personagens consegue manter um constante e crescente clima de tensão. Nota: 4/5

Abraços Partidos – Pedro Almodóvar: É um bom filme, mas um pouco a baixo da média do Almodóvar. Funciona bem como uma homenagem ao Cinema, mas soa um pouco como uma cópia de "Má Educação". Nota: 3/5

Rosetta – Jean-Pierre e Luc Dardenne: É interessante como algumas das características que iriam diferenciar tanto os filmes seguintes dos irmãos Dardenne já começavam a se mostrar neste que é um de seus primeiros trabalhos, como os personagens complexos e os planos sequências com a câmera na mão que criam uma narrativa pesada e sofrida. Mas ainda assim, o filme deixa um pouco a desejar, principalmente se for compará-lo com alguns dos filmes posteriores dos diretores, como "O Filho" e "A Criança". 
Dito isso, acho que nunca mais vou esquecer o barulho daquela moto. Nota: 4/5

Onze Homem e Um Segredo – Steven Soderbergh: O roteiro deixa um pouco a desejar por não conseguir a complexidade dramática que pretende, mas os personagens são carismáticos e a trama é envolvente, algo que é reforçado pela segura direção. Nota: 4/5

Curtindo a Vida Adoidado – John Hughes: Além dos carismáticos personagens, o roteiro consegue ainda fazer uma relevante e nada pedante crítica ao American Way of Life, funcionando como um retrato de uma juventude que se vê perdida diante da obrigação de se incluir no sistema. Não é a toa que já pode ser considerado um clássico e ainda se manter atual. Nota: 5/5

Kumiko, a Caçadora de Tesouros – David Zellner: A premissa é curiosa o suficiente para manter o espectador interessado até o final, mas o filme não traz mérito quase que nenhum, sem conseguir causar envolvimento emocional com o espectador, ainda que a fotografia seja linda e utilize de maneira exemplar as locações. Nota: 3/5

Religulous – Larry Charles: Não sei como este filme pode funcionar com quem não é ateu, mas para quem o é, dá para dar inúmeras risadas e ainda se chocar com o poder destrutivo que a religião tem na sociedade (infelizmente, até hoje).
Um dos meus momentos preferidos: (não me lembro se exatamente nessas palavras)
- Qual foi o milagre que te fez acreditar em Deus?
- Eu disse que se Ele existisse, fizesse chover. Cinco minutos depois chovia tanto que ninguém conseguia sair do bar.
- Eu acho que a sua ideia de milagre é meio fraca, afinal chover é uma coisa normal que acontece sempre... Se tivesse chovido sapos, aí você teria um ponto. Nota: 4/5

Fruitvale Station: A Última Parada – Ryan Coogler: Que filme! Fazia um tempo que eu não tinha uma experiência tão intensa como essa. Consegue chocar, emocionar e sufocar. Nota: 4/5

Almas Gêmeas – Peter Jackson: A direção de Peter Jackson é enérgica e competente, ainda que o roteiro deixe um pouco a desejar. Nota: 3/5

Jovens Adultos – Jason Reitman: Está longe de ser um grande filme, mas é bem bacana, com bons personagens e um roteiro competente e ágil. Nota: 3/5

Apocalypse Now – Francis Ford Coppola: Acredito que este seja o melhor filme de guerra já feito, e a cena em que toca "Cavalgada das Valquírias", com os helicópteros surgindo como monstros no horizonte, está fácil entre as 10 melhores que eu já vi. Nota: 5/5

Amor Bandido – Jeff Nichols: Traz excelentes atuações, uma segura direção e um roteiro praticamente impecável, que além de uma trama envolvente, constrói personagens carismáticos e complexos. Eu já havia adorado "O Abrigo", mas acho que aqui Jeff Nichols se superou. Nota: 4/5

Coração de Leão – O Amor Não Tem Tamanho – Marcos Carnevale: É uma comedia razoável, que mesmo se levando a sério demais em alguns momentos, consegue, aqui e ali, um ou outro momento mais inspirado. Nota: 3/5

Magnólia – Paul Thomas Anderson: Que filmaço! É impressionante como ele consegue ficar ainda melhor em uma segunda assistida. Agora preciso ver de novo Sangue Negro e Boogie Nights para me decidir qual é meu filme favorito do Paul Thomas Anderson. Nota: 5/5

Os Fantasmas se Divertem – Tim Burton: Michael Keaton está divertidíssimo, e o designe de produção é inventivo e competente. Mas ainda assim, o filme não consegue criar envolvimento emocional alguns, e os personagens, com exceção de Beetlejuice, são sem carisma e aborrecidos. Nota: 3/5

O Ditador – Larry Charles: Sou fã incondicional de Sacha Baron Cohen, que além de absurdamente engraçado, tem um impressionante talento para expor a hipocrisia e o preconceito da cultura norte americana. Mas aqui, confesso que achei seu senso de humor um pouco forçado, talvez por estar trabalhando com um roteiro fechado, sem espaço para improviso (como acontecia em Borat, Bruno, e na série Ali G Show), ainda que consiga fazer suas críticas e tirar algumas risadas.
P.S: O discurso no terceiro ato, quando o ditador fala sobre as vantagens que poderiam acontecer se houvesse uma ditadura na América, e basicamente descreve os Estados Unidos, é genial. Nota: 3/5

Tudo Pelo Poder – George Clooney: Adorei o filme! Realmente não esperava uma direção tão segura e competente de George Clooney (o único filme com sua direção que eu havia visto, Caçadores de Obras Primas, era péssimo). O roteiro é redondinho, o elenco é impecável, e a cena em que Ryan Gosling está chorando em seu carro, e enxugando suas lágrimas enquanto a chuva no para-brisas insiste em manter seu rosto cheio de pingos de água, é um verdadeiro espetáculo. Nota: 4/5

Monster – Desejo Assassino – Patty Jenkins: A atuação de Charlize Theron é inacreditável, e de uma entrega completa, mas além disso, o filme ainda traz um ótimo roteiro e uma segura direção. Nota: 4/5

Quanto Mais Quente Melhor – Billy Wilder: A cada filme que eu vejo do Billy Wilder me surpreendo mais. Aqui ele cria uma narrativa que não apenas é extremamente engraçada, como consegue causar um impressionante envolvimento emocional, fazendo com que o espectador se importe e torça para os personagens. Nota: 5/5

Dia de Treinamento – Antoine Fuqua: O filme é muito bom, e bem melhor do que eu esperava. A direção é segura, as atuações são ótimas, e o roteiro funciona, mesmo com algumas falhas. Nota: 4/5

Amores Imaginários – Xavier Dolan: Esteticamente, é interessante notar como Xavier Dolan demonstra um visível amadurecimento desde seu filme anterior de estreia ("Eu Matei Minha Mãe"), mas em relação ao roteiro, o filme deixa bastante a desejar, já que o drama dos personagens soa artificial e fazem com que até mesmo as ótimas e inventivas sequências musicais pareçam apáticas. Nota: 3/5

Assassinato no Expresso do Oriente – Sidney Lumet: A trama é bacaninha e Sidney Lumet conduz a narrativa com segurança, mesmo que o roteiro se passe em um espaço bem limitado e apertado. Ainda assim, o filme é longo demais e cansativo, impedindo um maior envolvimento emocional e comprometendo a experiência. Nota: 3/5

Um Tira da Pesada – Martin Brest: Não é a toa que já é um clássico da comédia. O filme é envolvente e divertido, e em nenhum momento parece se ver obrigado a contar piadas a cada cinco minutos, fazendo com que as risadas venha de maneira espontânea. Nota: 4/5

Na Captura dos Friedmans – Andrew Jarecki: Filme obrigatório. Traz relevantes comentários e questionamentos sobre moralidade e o papel da mídia em casos polêmicos. Nota: 4/5

Interlúdio – Alfred Hitchcock: É por isso que Hitchcock foi quem foi. Filme excelente, extremamente bem conduzido, com inúmeros momentos inesquecíveis, de uma tensão quase que insuportável. Nota: 5/5

Up – Altas Aventuras – Pete Docter: Mesmo não sendo o universo mais inventivo da Pixar, isso é compensado pelos personagens extremamente carismáticos e uma trama que mesmo simples, é muito emocionante e delicada. Nota: 5/5

Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso – Miguel Arteta: Mesmo se prejudicando ao se levar a sério demais e incluir um discurso motivador sobre a importância da família, que só serve para mastigar o que o roteiro havia até então construído de maneira bem competente, o saldo final do filme é muito positivo, com momentos dignos de muitas risadas e uma narrativa leve e agradável. Nota: 3/5

Divertida Mente – Pete Docter: Que filme! Prova de que a Pixar não perdeu a mão após alguns filmes um pouco mais decepcionantes. Talvez como temática este seja o trabalho mais maduro da produtora, que acerta por conseguir conversar com o público infantil, sendo engraçadinho e divertido, ao mesmo tempo em que fala coisas muito relevantes para o público mais maduro, funcionando como um retrato único sobre uma fase de transição importante da vida. Nota: 5/5

Paul: O Alien Fugitivo – Greg Mottola: Diverte tantos pelas suas piadas como pelas suas inúmeras referências. Nota: 4/5

Flores Raras – Bruno Barreto: As atuações são boas e a reconstrução de época também, mas o roteiro deixa bastante a desejar, sendo um pouco sem rumo e não desenvolvendo os personagens com o devido cuidado. Nota: 3/5

A Morte e a Donzela – Roman Polanski: Filme muito bem dirigido, que além de envolvente traz ainda vários questionamentos sobre moralidade. Nota: 4/5

Kramer vs Kramer – Robert Benton: O filme acerta por não mostrar um lado como certo e outro como errado, fazendo com que o espectador se identifique com ambos. Além disso, as atuações são impecáveis, e a narrativa é agradável e sensível. Nota: 4/5

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas – Rob Marshall: Disparado o mais fraco da série, principalmente pelo seu roteiro, que não apenas não aproveita o universo interessante criado pelos filmes anteriores, como ainda inclui uma sub-trama envolvendo um romance entre um religioso e uma sereia que chega a dar vergonha alheia. Nota: 3/5

Jurassic Park – Steven Spielberg: Grande filme! Um dos melhores do Spielberg. Não apenas tem personagens carismáticos em uma trama redondinha, como ainda tem um poder de envolvimento inacreditável, fazendo com que o espectador se sinta dentro do parque e transformando a experiência em algo inesquecível. Nota: 5/5

Faça a Coisa Certa – Spike Lee: Ótimo filme, além de bem dirigido traz ainda interessantes questionamentos e dilemas morais. Nota: 4/5

O Mundo Perdido: Jurassic Park – Steven Spielberg: Deixa um pouquinho a desejar em relação ao primeiro, principalmente na capacidade de envolvimento, mas ainda é um ótimo filme de aventura, que consegue empolgar e ainda trazer sequências de forte tensão. Nota: 4/5

Veludo Azul – David Lynch: Ainda que a trama seja simples, David Lynch a diferencia mantendo um constante clima de suspense, que envolve o espectador e cria uma experiência memorável. Nota: 4/5

Sob o Domínio do Medo – Sam Peckinpah: Filme inesquecível, que fica com você mesmo depois de seu término. Choca por sua brutalidade, ao mesmo tempo em que traz personagens complexos e fascinantes. Nota: 5/5

Jurassic Park 3 – Joe Johnston: Por mais que seja o mais fraco da série, ainda vale a pena, com boas cenas de ação e bons personagens, mesmo que o excesso de CGI atrapalhe um pouco. Nota: 3/5

Pelo Malo – Mariana Rondón: Tem qualidades, mas se perde um pouco em sua própria ambição. Nota: 3/5

Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros – Colin Trevorrow: Adorei o filme! Por mais que seja uma continuação descartável, feita apenas para ganhar dinheiro, pelo menos o filme tem consciência disso, e brinca com suas fórmulas e clichês. Nota: 4/5

Os Boxtrolls – Anthony Stancchi e Graham Annable: Traz interessantes críticas e alegorias da sociedade, além de um interessante designe. Nota: 4/5

Apollo 13 – Ron Howard: Mesmo com um ou outro errinho de roteiro, o filme é extremamente envolvente e consegue deixar o espectador tenso e torcendo pelos personagens mesmo que já saiba o final. Nota: 4/5

Antes Só Do Que Mal Acompanhado – John Hughes: Muito bem dirigido e com ótimas atuações. Além disso, o roteiro também funciona, não exagerando no drama e fazendo o espectador se importar com os personagens. Nota: 5/5

O Maravilhoso Agora – James Ponsoldt: Entra imediatamente na minha lista de comédias preferidas. Além de engraçado e envolvente, traz excelentes personagens e um preciso e sutil toque de drama. Confesso que terminei com os olhos úmidos. Nota: 4/5

Depois de Lúcia – Michel Franco: Que filmaço! Inesquecível! É até difícil descrever o quão intenso e incômodo ele consegue ser. Nota: 5/5

O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas – Jonathan Mostow: O filme tem algumas qualidades, dentre elas as sequências de ação e seu final Mas não consegue deixar de ser decepcionante, por não explorar as questões que este rico universo possibilita, além de apostar em coincidências absurdas que não se sustentam após um simples questionamento. Nota: 3/5

Vivendo no Limite – Martin Scorsese: Este filme é curioso, pois consegue ao mesmo tempo ser um estudo de personagem extremamente bem dirigido, com aquela energia tão própria do Scorsese, e ser também um filme maçante e muito aborrecido. Nota: 3/5

Um Divã Para Dois – David Frankel: Gostei do filme, que é bem dirigido e tem ótimas atuações, ainda que não deixe de ser previsível. Nota: 3/5

A Viagem de Chihiro – Hayao Miyazaki: Tenho a impressão de ser a única pessoa do universo a não gostar deste filme.Visualmente é ótimo e a mitologia é inventiva, mas as duas vezes em que assisti não consegui me envolver com a história e nem com os personagens. Nota: 3/5

Bravura Indômita – Henry Hathaway: Adorei! Todo filme que tenha o John Wayne já tem grandes chances de ser bom, e aqui os personagens são carismáticos e a trama é redondinha e muito bem conduzida. Nota: 5/5

Manhattan – Woody Allen: Top 5 do Woody Allen, com uma fotografia de tirar o fôlego e um primoroso roteiro, delicado e tocante. Nota: 5/5

Eu Não Faço a Mínima Ideia do Que Eu Tô Fazendo Com... – Matheus Souza: Achei o filme detestável. Só se preocupa em fazer os diálogos sorem "indie", quando na verdade são sem consistência e tolos. Nota: 2/5

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