domingo, 25 de dezembro de 2016

Crítica: Kubo e as Cordas Mágicas, de Travis Knight

Kubo e as Cordas Mágicas é um filme que encanta por equilibrar uma história simples com um universo original e cativante, além de trazer ótimos personagens e uma atmosfera mágica e sombria.


O roteiro escrito por Marc Haimes e Chris Butler acompanha o personagem título em sua jornada para recuperar três itens que o permitirá derrotar um temido espírito maligno, para isso ele contará com a ajuda de uma sábia Macaca e de um habilidoso guerreiro Besouro.

A primeira coisa que chama a atenção no filme é seu primor técnico em sua animação em stop motion, que traz detalhes sutis como complexos movimentos de cabelo, e convence muito no design dos personagens: a Macaca traz graça com sua seriedade enquanto o Besouro convence com um guerreiro competente sem perder a aparência divertida, já as irmãs que desempenham o papel de vilãs durante boa parte do filme são assustadoras e ameaçadoras com seus olhos pequenos e movimentação fantasmagórica.

Trazendo um interessante e divertido senso de humor, que surge mais pela dinâmica entre os personagens do que por piadas avulsas, o roteiro tem uma estrutura simples (juntar três itens, derrotar o vilão, e amadurecer no processo), mas vale pela mitologia criada, que equilibra elementos ocidentais com orientais, e por seus ótimos personagens, que conseguem divertir e comover ao mesmo tempo.

Além disso, o roteiro também traz interessantes questões sobre como nossas memórias têm a função de nos definir, e não teme em apostar em momentos dramaticamente fortes e assustadores, ainda que isso o afaste um pouco de parte do público infantil.

Conseguindo encantar tanto por sua estética quanto por sua mitologia, Kubo e as Cordas Mágicas é uma ótima animação que comove por seus personagens e diverte por sua atmosfera mágica. Não é o melhor filme do ano, mas é um dos mais redondinhos.

Muito Bom!

João Vitor, 25 de Dezembro de 2016.

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